segunda-feira, 28 de março de 2011

MEC defende brincadeiras em toda a educação infantil

GABRIELA ROMEU
DE SÃO PAULO
A coordenadora de Educação Infantil da Secretaria de Educação Básica do Ministério da Educação, Rita de Cássia Coelho, fala à Folha sobre a importância da brincadeira nos primeiros anos escolares.
Professor americano defende uma nova sociologia da infância 
FOLHA: Qual a ênfase que o documento 'Diretrizes Nacionais da Educação Infantil' dá à importância do brincar na educação infantil? É suficiente?
COELHO: As novas diretrizes da educação infantil dão à brincadeira um papel estruturante. Elas determinam que o currículo da educação infantil deve ser estruturado a partir de dois eixos: interações e brincadeiras. De acordo com as diretrizes, a brincadeira tem uma função importante que estimula a imaginação da criança. Por meio do brincar é que a criança vai significar e ressignificar o real, tornar-se sujeito e partícipe. Ao brincar, as crianças exploram e refletem sobre a realidade e a cultura na qual vivem, incorporando-se e, ao mesmo tempo, questionando regras, papéis sociais e recriando cultura. Nos jogos de faz de conta, por exemplo, a criança recria situações que fazem parte de seu cotidiano, trazendo personagens e ações que fazem parte de suas observações. As brincadeiras são repletas de hábitos, valores e conhecimentos do grupo social ao qual pertence. Por isso dizemos que a brincadeira é histórica e socialmente construída. Brincar implica troca com o outro, trata-se de uma aprendizagem social. Nesse sentido, a presença do professor é fundamental, pois será ele quem vai mediar as relações, favorecer as trocas e parcerias, promover a integração, planejar e organizar ambientes instigantes para que as brincadeiras aconteçam. O professor precisa refletir sobre a importância e o papel das brincadeiras no seu trabalho. E deve fazer de todas as atividades de educar e cuidar um brincar: no banho, nas trocas, na alimentação, na escovação dos dentes, na "contação" de histórias, no cantar, no relacionar. Brincar dá à criança oportunidade para imitar o conhecido e construir o novo. Portanto, do ponto de vista de diretrizes é suficiente, importante e decisivo o que dizem sobre brincadeira. O desafio é como concretizar isso.
Diante de um tema tão importante nos anos iniciais, o MEC planeja desenvolver uma ação diferenciada ou uma pesquisa?
O Brasil tem vários grupos de pesquisadores que se dedicam a essa questão e eles apontam evidências sobre a importância do brincar. O Ministério da Educação dá providências para implementar uma compra governamental de brinquedos, entendidos como materiais pedagógicos da educação infantil e dos anos iniciais do ensino fundamental.
O que queremos com isso é dar uma identidade à educação infantil e aos anos iniciais do ensino fundamental coerente com as características desta faixa etária e com as necessidades das crianças.
Como avalia o tempo e o espaço dedicados ao brincar?
Na educação infantil todo tempo deveria ser de brincadeira. O brincar não é só uma atividade, mas uma forma de estabelecer relações, de produzir conhecimento e construir explicações. Então, na verdade, não deveria existir tempo de brincar pois na educação infantil a brincadeira deve ser contínua.
A questão do espaço é um dos grandes desafios, pois na educação infantil eles são precários, principalmente nos grandes centros urbanos em que a disponibilidade é limitada. O espaço muitas vezes é insuficiente não só para a brincadeira, mas até para o conforto das crianças. É preciso pensar em como melhorar a qualidade dos espaços. O interessante é que com o brincar, as crianças conseguem transformar os espaços. Por isso é importante a escola potencializar outros espaços disponíveis como as áreas externas, no entorno do prédio escolar.
O Ministério da Educação oferece assistência financeira aos municípios e ao Distrito Federal para construção, reforma e aquisição de equipamentos e mobiliário para creches e pré-escolas públicas da educação infantil, por meio do Programa Nacional de Reestruturação e Aquisição de Equipamentos para a Rede Escolar Pública de Educação Infantil (Proinfância).
Iniciado em 2007, o programa formalizou até agora 2.348 creches em 2.151 municípios. Incluído no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC 2), prevê o repasse de recursos para a construção de 1.500 escolas em 2011.



domingo, 27 de março de 2011

Ultima moda em adesivo de carro

“Caboclo Pena Branca protege este carro. Cuidado”.

Paraguai ''exporta'' babás para SP

Paulistanas de classe alta reclamam dos salários pedidos pelas brasileiras e mandam buscar empregadas no país vizinho
27 de março de 2011
Paulo Sampaio - O Estado de S.Paulo

                                                                                               Jonne RorizAE
Vantagem. As paraguaias Noeli (à esq.) e Karina acham que o salário no Brasil – de cerca de R$ 1 mil – compensa, já que em seu país ganhariam no máximo o equivalente a R$ 400
Há cerca de duas semanas, quando recebeu do filho Mateus, de 5 anos, uma lembrança trazida da escola, a advogada Renata, de 34, ouviu espantada ele dizer: "Un recuerdo para mamá". Mateus se tornou "bilíngue" pela convivência com uma babá paraguaia. Renata, três filhos, empregou a estrangeira depois de uma experiência razoavelmente longa e traumática com brasileiras.
"As nacionais são caras e pouco comprometidas com o serviço", diz a administradora de empresas Monica, de 36, precursora de um grupo de mais de dez amigas endinheiradas que usam os serviços de babás paraguaias. A dela foi indicada por uma conhecida que morou alguns anos naquele país.
Mônica e Renata têm duas "importadas" em casa. As amigas preferem dar a entrevista no anonimato (os nomes estão trocados), porque as funcionárias nem sempre estão legalizadas.
Um estrangeiro tem 90 dias para ficar no Brasil como turista e, a partir daí, caso pretenda empregar-se, deve sair, tirar o visto de trabalho na Embaixada do Brasil em seu país e voltar. Mas nem sempre isso acontece.
"Esse cenário (da ilegalidade) é comum até entre executivos de multinacionais. Eles saem a cada três meses para renovar o visto de turista. Os empregados domésticos em geral permanecem na ilegalidade", diz o professor de Direito Internacional da Universidade de São Paulo (USP) Pedro Dallari.
Antecedentes. As empregadoras das babás afirmam que querem tudo legalizado. Dizem que a primeira providência é encaminhar a doméstica ao consulado paraguaio para tirar atestados de antecedentes. De acordo com a consulesa paraguaia em São Paulo, Maria Amélia Barbosa, a quantidade de imigrantes que procuram o consulado para o serviço só aumenta. "Há dois anos, não tinha notícia de paraguaias que pretendiam ser babás no Brasil. Hoje há um número razoável delas." Na Polícia Federal, onde as candidatas a babás precisam tirar CPF para conseguir carteira de trabalho, consta que em 2008 entraram 68.052 paraguaios no Brasil; em 2010, foram 348.704.
Como ocorre com domésticas que vêm das regiões mais pobres do Brasil, a babá paraguaia costuma indicar para as amigas de sua patroa a irmã, a prima, a tia. "O salário compensa bastante", diz Noeli, de 21 anos, uma das duas paraguaias que trabalham na casa de Renata. Ela conta que em seu país ganharia no máximo o equivalente a R$ 400. Aqui, é possível tirar R$ 1.000 - sem contar o câmbio favorável da moeda: R$ 1 vale dois guaranis e meio.
Por sua vez, o salário de uma babá brasileira, de acordo com números do Sindicato dos Empregados e Trabalhadores Domésticos da Grande São Paulo (Sindoméstico), subiu mais, proporcionalmente, do que o de qualquer outro da categoria. "Em média, em São Paulo, ela ganha R$ 1.500. O piso vai para R$ 600 em abril, mas ninguém mais ganha isso. Se não tem experiência, já começa com R$ 800", afirma Eliana Menezes, presidente do sindicato.
Por causa da escassez de mão de obra, as "babás nacionais" são acusadas de "escravizar" a patroa. "Você aceita qualquer condição, se sente meio vendida", reclama a nutricionista Rita, de 40 anos, mãe de duas filhas.
Mudança. Para a empresária Daniela Chaves, da agência de empregados domésticos Veritas, que tem parceria com o sindicato, houve uma movimentação migratória intensa nos últimos dois anos no mercado de babás. "Muita gente deixa funções administrativas atraída pelo salário." Por isso, falta experiência. Segundo dados do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), o número de empregados domésticos ocupados na cidade caiu no último ano de 8,1% para 7,4% - e a renda aumentou de R$ 3,75 a hora para R$ 4,13.
Daniela não tinha ouvido falar em babá paraguaia. "Essa é nova, haha, mas acho bem provável. A busca nesse mercado é insana."







segunda-feira, 21 de março de 2011

Ninguém pode ficar do lado de Obama no Rio. E ele quer ficar a sós com Cristo

O cerimonial do presidente americano, Barack Obama, vetou a presença do governador Sergio Cabral e do prefeito Eduardo Paes na visita que ele fará a um dos cartões-postais da Cidade Maravilhosa, o Cristo Redentor.
A visita será feita, de acordo com a Casa Branca, apenas por Obama, a primeira-dama, Michelle, e as filhas, Malia e Sasha.
Cabral e Paes também não poderão caminhar ao lado de Obama durante a visita que ele fará à Cidade de Deus. Se quiserem participar do evento, terão que ficar sentados dentro da sede da Central Única de Favelas (Cufa), aguardando sua chegada, para ouvirem ao vivo seu pronunciamento.

Bufê para Michelle Obama no Brasil terá feijoada com tofu defumado

Bufê para Michelle Obama no Brasil terá feijoada com tofu defumado
DO G1
Cardápio para primeira-dama terá ainda spaghetti de palmito pupunha fresco.
Almoço para Obama terá baião de dois, picanha e sorvete de graviola.
Do Bom Dia Brasil
Em Brasília, por onde começa a visita do presidente Barack Obama, no sábado (19), degustadores vão provar tudo que a família Obama comer. A dona de bufê, Renata de La Porta, foi contratada para servir a família, inclusive um lanche à tarde no Palácio da Alvorada.
O cardápio brasileiro será bem variado para servir a primeira-dama, Michele Obama. Vegetariana, adepta da alimentação saudável, ela fez até uma horta na Casa Branca. Alguns pratos serão servidos sem nenhum ingrediente de origem animal, até feijoada. “Ela é preparada com tofu defumado. Fica muito saboroso. E a gente está fazendo um spaghetti de palmito pupunha fresco também”, afirmou La Porta.
Baião de dois e sorvete de graviola
O cardápio do almoço que o governo brasileiro oferecerá ao presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, também no sábado, será tipicamente brasileiro. Picanha, baião de dois e sorvete de graviola são os pratos escolhidos pelo cerimonial do Itamaraty para representar a culinária do Brasil.
Típico do sertão nordestino, o baião de dois é uma mistura de arroz, feijão, toucinho, mandioca, salsinha, cebola, e queijo coalho. O prato, já servido, pode ser complementado com manteiga de garrafa.
Por questão de segurança, a cozinha onde serão preparadas as refeições para a família Obama será vigiada. As bebidas só podem ser servidas se estiverem lacradas. Um degustador deve provar a comida e agentes da comitiva vão acompanhar todas as etapas de preparo dos alimentos.

The Wall Street Journal X OBAMA

Segundo o The Wall Street Journal, Obama desmereceu sua visita ao Brasil antes mesmo de ter início, ao anunciá-la como uma missão para estimular a economia dos EUA. A publicação afirma que seria melhor o presidente norte-americano ter ficado no Congresso para derrubar a tarifa imposta sobre o etanol brasileiro e acabar com todos os subsídios americanos ao algodão, que foram declarados ilegais pela OMC

OBAMA NO BRASIL

                                OBAMA COM DILMA NO PLANALTO
                               OBAMA NA CIDADE DE DEUS (RIO DE JANEIRO)