Digitalização de documentos da ditadura revela canções inéditasby marcia |
RIO — Uma equipe de 12 pesquisadores do Arquivo Nacional desde o início do ano está levando a cabo um projeto de valor imensurável para a memória da música popular brasileira: a organização e digitalização de todo o acervo musical submetido à censura. Perdidas entre cerca de 77 mil documentos do Serviço de Censura e Diversões Públicas, arquivados pela Polícia Federal de 1968 a 1988, período em que vigorou a censura no regime militar, estão letras esquecidas de artistas como Djavan, Aldir Blanc e Jorge Mautner,entre outros registros valiosos aos quais O GLOBO teve acesso com exclusividade.
Custeado pelo BNDES, o projeto prevê a disponibilização de todo esse acervo ao público pela internet a partir do ano que vem, quando será concluído, facilitando a realização de inúmeras pesquisas acadêmicas, documentários e biografias. No garimpo, os técnicos encontraram as jusitificativas para as proibições de Aldir Blanc (“Antes e depois”, censurada por apresentar “conteúdo erótico”) e Jorge Mautner (“Papoulas e arco-íris”, vetada pelo conteúdo “alienado, extraterrestre”), além de pareceres curiosos sobre letras de Egberto Gismonti e Geraldinho Carneiro (“Corações futuristas”) e Nelson Motta (“Boa viagem”)
Leia a reportagem completa de "O Globo":
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