lustração mostra suposta bruxa lançando um feitiço em pleno
julgamento: repare no cavalheiro à direita,
O livro Malleus Maleficarum
foi escrito no final do século XV e serviu por cerca de trezentos anos
como um guia de bolso para identificar, interrogar e condenar bruxas. Em
latim, significa “O Martelo das Bruxas”, uma escolha de título quase
literal, já que a obra ajudou a levar incontáveis mulheres pra forca e
pra fogueira.
O
autor seria um o clérigo alemão Heinrich Kramer, que publicou o texto
em 1487, pela Faculdade de Teologia da Universidade de Colônia, na
Alemanha. A obra teria sido uma das mais populares de sua época sobre o
tema. Acredita-se que até 1520 foram 13
edições e depois, entre 1574 e 1669, o livro foi reimpresso outras 16
vezes. Segundo a revista Galileu, alguns pontos ajudam a explicar o
sucesso do manual: a misoginia do texto, a polêmica aprovação da
Universidade de Colônia, que garantia o endosso intelectual pro
trabalho; a ideia colocada ali de que a bruxaria era um crime ainda pior que a heresia e, por fim, o fato de ter sido impresso, luxo dispensado a uma quantidade pequena de livros no século XV.
Confira a reportagem completa da Revista Galileu, que faz aproximações entre o texto e o machismo dos nossos dias:
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