O nascimento de D. Pedro IIby marcia |
A imperatriz Leopoldina chegou a consultar uma parteira francesa, antes de engravidar. Sabia que precisava dar um herdeiro ao trono. A mulher lhe teria ensinado um “segredo” para conceber machos. Ela esperava, assim, atenuar a atenção que o marido dava à amante, a marquesa de Santos, que engravidaria quase ao mesmo tempo.
A 2 de dezembro, às duas e meia da manhã, nasceu o futuro Pedro II, que governaria o Brasil por mais de quatro décadas. “Um filho que correspondeu a todos os meus anseios”, diria Leopoldina à amiga, milady Graham. O parto demorou cinco horas e o sétimo filho da imperatriz nasceu com aparência vigorosa, medindo 47 centímetros. Houve muita celebração na capital. As casas iluminaram-se durante quatro dias. O veador da casa imperial, brigadeiro Francisco de Lima e Silva, apresentou o menino à corte.
No batizado, em 9 de dezembro, foi executado um Te Deum de autoria de Pedro I. Em 2 de janeiro de 1826, pediu-se para o menino a proteção de Nossa Senhora da Glória, na Igreja do Outeiro. Cinco dias depois do nascimento do filho legítimo, via a luz, em Mata-Porcos, Pedro de Alcântara Brasileiro. O imperador assistiu ao parto de Leopoldina na Quinta da Boa Vista, fez a apresentação do filho e, em menos de uma semana, voltou para a amante, onde encontrou o outro filho nascido.
Baseado em "A Carne e o Sangue", de Mary del Priore.
O jovem D. Pedro II e sua mãe, D. Leopoldina, que morreria um ano depois do nascimento do herdeiro do trono.
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