segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Queima de história

Na Folha de S.Paulo, ontem, o jornalista Elio Gaspari elogiava a incineração, pelo Senado, do artigo 1.005 do projeto do novo CPC. O malfadado dispositivo determinava que processos arquivados há mais de cinco anos deveriam virar cinzas. Trata-se, na verdade, de uma luta épica do jornalista, que há treze anos, no dia 9/3/97, narrava na mesma Folha que o TJ/SP pretendia queimar processos, numa "fogueira da ignorância". Por sorte, em 29/6/97, o 4º vice-presidente do TJ/SP, Carlos Ortiz, determinou a suspensão da pirotecnia. E, no ano seguinte, a 3/12/98, o STF proibia definitivamente a realização da fogueira. Com a inclusão da queima no pretenso novo CPC, mais uma vez o assunto voltava ao forno. É a fórmula mágica : zerar os custos tascando fogo nos processos. E o pior é o que dizem certos entendidos : "as ações de interesse para o patrimônio histórico e cultural serão preservadas". Esquecem, estes, que a história não é feita agora. É impossível saber se e quando um processo vai ter importância histórica. Um processo no subúrbio da cidade de Santos/SP, envolvendo um estivador, aparentemente não tem valor algum. Mas e se o filho dele se transformar, daqui a cinquenta anos, no presidente da República ? São inúmeros os exemplos disso. O fato é que agora, depois que os processos estão quase eletrônicos, e que o progresso permitiu que digitalizássemos tudo, vamos atear fogo na história ? Guardamos os processos até que a tecnologia permitisse um tipo de armazenagem a custo ínfimo, e agora vamos queimá-los ? Rui Barbosa, quase um século depois de morto, ainda carrega em sua memória a indelével pecha de ter mandado queimar os registros do Brasil escravocrata. Foi uma decisão, como hoje sabemos, meramente administrativa, e, mutatis mutandis, com propósito de evitar custos. Com as devidas comparações, é a mesma coisa. Por isso tudo, nunca é demais lembrar que a sentença da história em geral é irrecorrível. Quando alguém tiver novamente vontade de queimar processos, por favor, sente-se e espere a vontade passar.

domingo, 31 de outubro de 2010

"Nada está completamente errado.

Até um relógio parado consegue estar certo, duas vezes por dia."

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Caso Geisy. Uniban é condenada a pagar indenização

A 9ª vara Cível de São Bernardo do Campo, SP, condenou a Uniban a pagar indenização de R$ 40 mil por danos morais a Geisy Arruda. A defesa da jovem pedia compensação de R$ 1 milhão.
Segundo o juiz Rodrigo Gorga Campos, "afigura-se razoável a importância de R$40 mil, quantia suficiente para compensar a violação sofrida pela autora, sem comprometer a saúde financeira da empresa ré."
O caso
A polêmica aconteceu em outubro do ano passado. Geisy foi hostilizada por outros alunos da Uniban por usar um vestido rosa curto. Jovens colocaram na internet vídeos com imagens da aluna sendo xingada. Em novembro, a direção da Uniban chegou a colocar anúncio em jornais informando sobre a expulsão de Geisy. Três dias depois, a univesidade voltou atrás e declarou que a estudante de turismo poderia voltar a frequentar a sala de aula.

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Avenida Paulista

Autor: Mario Lopomo 
História publicada em 16/11/2006
A avenida paulista, já pelos anos 1920, era uma rua de terra com árvores por toda sua extensão mostrando que seria no futuro uma avenida bem ordenada. Foi ali no espigão da cidade que os barões do café, e mais os endinheirados Sírios e Libaneses começaram a construir casarões que por muitos anos ficaram engalanando e mais bela avenida da cidade de São Paulo. Foi na Avenida Paulista, que um imigrante italiano completamente pobre e que com o correr dos anos, já rico construiu também sua bela mansão. Era Francisco Matarazzo, que se tornou conde depois de conseguir transformar sua pequena indústria de fundo de quintal, num complexo industrial 100% nacional, dos mais fantásticos que perdurou por muitos anos até depois da morte do Conde Francisco Matarazzo II, filho do pioneiro da IRFM, Indústrias Reunidas Francisco Matarazzo. Sua bela mansão ficava na esquina com a Rua Pamplona. Com material da construção vindo da Itália, a mansão que eu conheci muito bem por fazer vários serviços para a firma que trabalhava. Tinha um quarto fora que mais parecia um frigorífico com carne dependurada com um funcionário desossando, mandando uma parte para o almoço ou jantar. As vezes que lá fui pude constatar o carinho que a senhora condensa tinha para quem lá estivesse fazendo trabalho, assim como o conde II. Lembro-me que eu com meus 16 anos fui falar com ele para me dar uma carta para treinar no Palmeiras, já que diziam que ele é que era o dono do time de parque antártica (vejam como eu era cara de pau). Eu fui, mas na verdade tive que participar da famosa peneira com centenas de outros rapazes ávidos por tentar uma carreira no futebol. Era na Avenida Paulista que se realizava o corso do carnaval Paulistano dos anos 1930. Desfiles de carros abertos com pessoas jogando confetes e serpentinas borrifando lança perfume nos brincalhões do carnaval, tudo dentro do maior respeito, esse desfile de carros alegóricos era chamado de CORSO. Ate a metade dos anos trinta, a Avenida Paulista teve o desfile do corso. Mas, com a morte do conde Francisco Matarazzo I, em 1937, a pedido da família, o corso não foi realizado aquele ano. No ano seguinte os organizadores resolveram não mais realizar. O que foi uma das referências das brincadeiras sadias do carnaval. 
No início dos anos 1990, a prefeitura queria fazer da casa do conde Matarazzo a casa do trabalhador, talvez numa reversão de que um dia tinha sido do patrão e passaria a ser de operários, quem sabe. Mais tarde ela foi tombada pelo patrimônio histórico, o que revoltou um membro da família que tentou implodi-la, não conseguindo totalmente pelo fato de ter sido muito bem construída, mas teve parcialmente danificado. Hoje é um grande estacionamento com apenas a entrada e as árvores preservados. Do espigão da mais famosa avenida, se avistava o Jardim Paulista. O Jardim Paulista do bonde 40, que descia a Pamplona, e deslizava até o largo, onde contornava entrando na Rua Veneza e retornava a Pamplona, quase sempre sendo chocado pelos entregadores de mercadorias com suas bicicletas de pneu balão e seus, cestos por cima do Guidom. A Avenida Paulista me era muito familiar. Era por ela que eu ia ao Pacaembu, assistir os jogos de futebol. Descia no túnel Nove de Julho subia a rampa atravessando o Parque Siqueira Campos (Trianon) e caminhava pela Paulista até a Rua Itápolis, para pegar as escadarias que descia para o estádio. No trajeto ia embevecido apreciando aqueles magníficos casarões. Também observava os primeiros prédios que se erguiam na avenida. Um dos primeiros foi o edifício Baronesa do Arari, que se deteriorou com o decorrer do tempo e foi restaurado há poucos anos atrás. É um prédio onde reside muita gente famosa que foi envelhecendo juntamente com o edifício, e dali só saem mortos. Neste condomínio, até hoje ainda se vê pessoas de bastante idade contando historias da majestosa avenida. O outro famoso foi o Sant Honoré, um edifício de grande porte que serve apenas a moradores. De todos os edifícios construídos no correr do tempo, um preservou antiga e singela Casa das Rosas, inteiramente reservada a cultura, onde se realizam exposições, lançamentos de livros e outras atividades culturais. Sua frente ficou intacta com o prédio construído nos fundos. Também o instituto Pasteur e o grupo escolar Rodrigues Alves estão preservados pelo patrimônio público. Mais tarde veio o conjunto nacional onde foi colocado um grande "luminoso" com a publicidade da Wilys, e o relógio digital, talvez o primeiro que a cidade teve como a Avenida Paulista estava no alto, toda a cidade via aquele monumento oferecendo a hora, principalmente à noite quando era mais visível, pelo fato de não existir muitos prédios altos pela cidade.

terça-feira, 7 de setembro de 2010

7 de setembro de 1944 - Getúlio inaugura a Av. Presidente Vargas

Com um grande desfile no dia em que se comemorava os 102 anos da independência do Brasil, inaugurou-se a Avenida Presidente Vargas, no centro do Rio de Janeiro, em homenagem a seu governante, Getúlio Vargas. Nesta cerimônia, além de dar por aberta à circulação de automóveis a nova avenida, o presidente prometeu ao povo brasileiro liberdade política ao fim da Segunda Guerra Mundial, assegurando eleições livres e diretas para todo o país.
Às 9h da manhã, Vargas deixou o Palácio Guanabara em carro aberto, ao lado do Ministro da Guerra, Eurico Gaspar Dutra, e partiu rumo à nova Avenida, despertando o frenesi geral, com aplausos e lágrimas de emoção. A população ovacionava o seu líder. Quando chegou no início da larga via, Vargas desceu do carro e caminhou, sempre sorrindo e acenando, ao lado de sua comitiva, até o palanque de onde assistiria ao desfile. Posteriormente, seria o primeiro a atravessar, em um automóvel, a até então maior artéria urbana carioca.
Av. Presidente Vargas no dia da inauguração
Assim que o Programa Hora da Independência foi ao ar, para transmitir ao vivo pelo rádio a célebre cerimônia, trinta mil crianças, estudantes de escolas públicas do Distrito Federal, entoaram o Hino de Independência e em seguida o Hino à Bandeira, coordenadas pelo maestro Villa Lobos. Ao final do coro, os estudantes saudaram o presidente: “Salve, Getúlio Vargas!”. Era hora de Getúlio discursar.
Primeiro veículo civil que atravessou a nova avenida



Além das paradas tradicionais de Sete de Setembro, outras comemorações marcaram aquele dia, como um Concurso Sinfônico no Palácio Municipal – um evento de gala, o qual reuniria a alta cúpula do governo brasileiro e a sociedade carioca, durante a noite.

sábado, 28 de agosto de 2010

Príncipe imperial vive "sem luxo nem esplendor" em casa alugada em SP


Há 200 anos a família real portuguesa chegou ao Brasil sem saber o que ia encontrar na colônia e muito menos qual seria o futuro da dinastia Bragança. Hoje, a monarquia cedeu espaço para a república e o herdeiro dinástico da família imperial vive à sombra do regime presidencialista na expectativa de um dia governar o país. Em entrevista à Folha Online, dom Luiz de Orleans e Bragança, 69, contou como é viver em São Paulo sem as regalias usufruídas por dom João 6º e Carlota Joaquina no século 19.
Dom Luiz disse que a República trouxe perecimento da moralidade política
Chefe da Casa Imperial Brasileira e herdeiro dinástico, dom Luiz diz que vive "sem luxo nem esplendor". Ele nasceu na França, estudou química mas nunca exerceu a profissão. Mora com um de seus irmãos, dom Bertrand de Orleans e Bragança, em uma casa alugada em Higienópolis, bairro nobre da capital paulista. Apesar de bem localizado e grande, o imóvel é um sobrado simples e que requer reparos na pintura e no jardim. A decoração da casa também é simples e não tem nenhum móvel da época da monarquia. Apenas as fotografias ou pinturas de seus pais, avós e bisavós, em especial da princesa Isabel, indicam que naquele lugar vive um nobre.
Apoiado em uma bengala e vestido com um terno cinza com risca de giz, dom Luiz recebeu a reportagem na sala de visitas da Casa Imperial do Brasil onde um grande brasão imperial contrasta com uma imagem de nossa senhora de Fátima. Católico praticante, o príncipe disse que divide seu tempo entre orações e o trabalho como representante da família imperial brasileira. Afirmou que não recebe nenhum recurso do governo brasileiro e vive de doações de monarquistas em melhores condições financeiras.
Durante a entrevista, de quase duas horas, dom Luiz se empolgou ao falar sobre a crise na política nacional e riu ao comentar a questão dos cartões de crédito corporativo do governo federal. "A República trouxe consigo um perecimento da moralidade pública e política e nós chegamos ao auge hoje em dia", disse o príncipe, que defende a monarquia como forma de solucionar parte dos problemas na política brasileira.
Quando o assunto é a disputa da família imperial pela herança dinástica --herdeiros do primeiro filho da princesa Isabel, dom Pedro de Alcântara Orleans e Bragança, que abdicou da dinastia ao se casar, reivindicam o trono inexistente no Brasil--, dom Luiz prefere não se aprofundar no assunto e limita-se a dizer que é reconhecido internacionalmente como herdeiro dinástico.
Leia a seguir os principais trechos da entrevista com dom Luiz de Orleans e Bragança.
Folha Online - Como é viver hoje como herdeiro dinástico 200 anos após a chegada da família real ao Brasil?
Dom Luiz de Orleans e Bragança - Vivemos sem luxo nem esplendor. Vivemos com os recursos que nós temos, que não são muito grandes. Alguns [dos herdeiros] têm empregos, outros vivem --como meu irmão d. Bertrand e eu-- de auxílio de monarquistas que nos ajudam a tocar a vida mas sem nenhum luxo --como você pode ver essa casa não é um palacete, é uma casa média. Vivemos procurando tanto quanto possível lutar pelos interesses do Brasil, no campo ideológico e civil.
Folha Online - E o governo brasileiro, dá alguma ajuda financeira aos herdeiros da família real?Dom Luiz - Não, o governo não dá nada.
Folha Online - E de onde vêm os recursos?
Dom Luiz - São recursos particulares de pessoas que tem uma certa folga e nos ajudam. São monarquistas brasileiros.
Folha Online - Então o senhor não recebe o laudêmio --taxa de 2,5% cobrada sobre qualquer transação imobiliária no centro histórico de Petrópolis que vai para a família imperial?Dom Luiz - Não, não recebo nada. Houve uma divisão nos anos 40 e o ramo da família de Petrópolis ficou com o laudêmio. E o ramo dinástico --o que herda a Coroa se for restaurada a monarquia-- não ficou com nada.
Folha Online - E quem fez esse acordo? Foi o chefe da Casa Imperial da época?
Dom Luiz - Foi uma questão complicada. Eu não gostaria de entrar nesse campo no momento.
Folha Online - É difícil carregar um nome não só longo mas com tanto significado em uma república como o Brasil e em um mundo globalizado?Dom Luiz - De um lado é difícil, de outro a gente nasceu e foi criado para isso. Agora, traz uma responsabilidade muito grande. As pessoas olham para nós como quem deveria ser exemplos e nós devemos manter uma linha, uma dignidade, uma compostura para evitar toda e qualquer coisa que possa desabonar esse nome.
Folha Online - E como é seu cotidiano? Como é a vida do príncipe imperial do Brasil hoje?Dom Luiz - Meu cotidiano é parecido com todos os paulistanos ou todos os brasileiros. Eu me levanto de manhã, faço as minhas orações, tomo café e depois tenho o meu trabalho [como chefe da Casa Imperial]. Tenho bastante correspondência [para ler e responder] e muitos contatos com os monarquistas de todo o Brasil. Recebo visitas de monarquistas de todo o Brasil e participo de congressos monárquicos bianuais. Também procuro atuar no campo ideológico e cível na Associação dos Fundadores --grupo dissidente da TFP (Sociedade Brasileira de Defesa da Tradição, Família e Propriedade), uma entidade católica--, que procura pôr uma barreira à investida do esquerdismo e do comunismo aqui no Brasil muitas vezes sob o manto da Teologia da Libertação.
Folha Online - Então o senhor é contra a Teologia da Libertação. Como é esse trabalho?Dom Luiz - Escrevo artigos para algumas publicações, faço conferências e palestras. O próprio atual papa [Bento 16] quando era cardeal condenou a Teologia da Libertação, como sendo uma infiltração marxista na teologia católica. Ora, o marxismo é uma filosofia completamente atéia e materialista e não se coaduna com a religião católica. Porque o marxismo não vê no homem uma criatura de Deus com corpo e alma, portanto com necessidades materiais e espirituais e que deve dar "glória a Deus" e com isso trazer felicidade sobre a terra.
Folha Online - O senhor vai à missa? Em qual igreja?Dom Luiz - Vou à missa aos domingos em uma igrejinha particular aqui no bairro.
Folha Online - O senhor é solteiro?Dom Luiz - Sou solteiro, mas a questão da sucessão está assegurada pelo meu irmão dom Antonio. Meu irmão dom Bertrand é solteiro também. Mas dom Antonio tem quatro filhos --dois varões e duas mulheres-- e tenho uma outra irmã casada com dois filhos também. A sucessão está largamente assegurada. Era preciso haver uma catástrofe que matasse todo mundo [para não haver herdeiros ao trono].
Folha Online - O princípio da igualdade de nascimento ainda existe? Ou seja, os príncipes só se casam com princesas --e vice versa-- se não eles têm de abrir mão da herança dinástica?Dom Luiz - Na Casa Imperial do Brasil sim. Pelo seguinte: normalmente todo príncipe é educado não tanto em função de seus próprios interesses mas em função dos interesses de seu país e de seu povo. E os maridos têm de estar de acordo. E se fizer um casamento com uma pessoa que não foi educada desse jeito pode trazer uma série de complicações, erros e uma série de problemas. E para o bem do país, é preciso que eles sejam casados entre famílias principescas.
Folha Online - E foi uma opção do senhor não casar?
Dom Luiz - Foi, para poder me dedicar à causa monárquica no Brasil e os interesses da nação pátria.
Folha Online - Então o que o senhor pensa sobre a forma com que o nosso país está sendo governado?
Dom Luiz - Eu acho que é só abrir os jornais pra ver. [risos] Hoje o jornal que eu leio normalmente tem páginas e páginas sobre a questão dos tais cartões de crédito [do governo federal]. Eu pergunto: Isso é um bom sintoma? Houve escândalos no ano passado um atrás do outro. Eu pergunto: Está certo isso? Nós temos ameaça de um apagão por falta de energia e por falta de investimentos em infra-estrutura. Eu pergunto: Isso é favorável ao Brasil? A república trouxe consigo um perecimento da moralidade pública e política e nós chegamos ao auge hoje em dia.
Folha Online - E qual o futuro que o senhor vê para o Brasil?
Dom Luiz - Eu vejo o Brasil numa situação bem grave hoje em dia mas com recursos ainda --recursos de alma do povo brasileiro e naturais quase inesgotáveis-- e com a possibilidade de sair da crise em que se encontra e se tornar realmente um país de primeiro plano no mundo inteiro. Agora, é preciso uma série de reformas e de limpeza em toda a nossa política e nossa vida pública.
Folha Online - Mas o senhor acha que é necessário mudar apenas os personagens ou o sistema político?
Dom Luiz - Eu acho que a monarquia ajudaria enormemente a resolver os problemas. Pelo seguinte: o soberano não é eletivo e, portanto, não está vinculado nem a partidos nem a grupos de interesses e nem a forças econômicas. O seu interesse é o interesse da nação. Por uma razão muito simples: se ele governar bem, quem vai se aproveitar disso é ele mesmo e seus filhos. Se ele governar mal, o castigo cai sobre ele mesmo e seus filhos. Quer dizer, o interesse do soberano e da nação formam um só e não há essa preocupação que há na república da próxima eleição. Isso não existe na monarquia. Mais uma vez eu digo: o interesse do rei e do imperador é uno com o interesse da nação e isso é uma coisa que tem também a capacidade de moralizar toda a política porque ele se torna um exemplo incorrupto e incorruptível para toda a nação. E por via de conseqüência, toda a máquina política a estrutura da nação se torna moralizada. Com isso, os problemas do país se resolvem muito mais facilmente sem que entrem rixas entre partidos políticos ou grupos de interesses. O soberano é um árbitro, é um juiz imparcial que pode ajudar a harmonizar tudo isso.
Folha Online - O senhor acredita que a monarquia possa mesmo voltar ao Brasil?Dom Luiz - Eu acho que sim e vou lhe dar um exemplo. Houve um plebiscito em 1993 [para a escolha entre a forma --República ou Monarquia Constitucional-- e sistema de governo --Presidencialismo ou Parlamentarismo] e nós tivemos 13% dos votos válidos. Entretanto, isso foi realizado em condições muito pouco propícias, porque quando foi proclamada a república o governo provisório disse que convocaria um plebiscito para ver se o povo brasileiro queria continuar com a monarquia ou aceitar a república. E ele esperou 99 anos para realizar isso. E não só isso: estabeleceu nas sucessivas constituições uma cláusula pétrea que rezava que não se podia pôr em causa a forma republicana de governo. Ora, depois de 99 anos começar tendo mais de 10% dos votos válidos é um colosso para qualquer corrente de opinião. É preciso dizer que quando houve a Constituinte de 1988 eu escrevi para os deputados e senadores uma carta mostrando como essa cláusula pétrea era antidemocrática e contrariava os princípios que aqueles parlamentares diziam defender. Eles foram sensíveis a esses argumentos e aboliram a cláusula pétrea. Convocaram o plebiscito, mas não foi feito em igualdade de condições. Primeiro pela falta de tempo para organizar os monarquistas. O Brasil é imenso e meus irmãos e eu percorremos esse país de norte a sul e de leste a oeste. Em segundo lugar, o tempo de preparação [do plebiscito] foi encurtado em vários meses: de 7 setembro para 21 de abril. Em terceiro lugar, os meios de comunicação praticamente só se falava de duas das três opções. Havia três opções: República parlamentar, República presidencialista e Monarquia parlamentar. E só se falava praticamente em República parlamentar e República presidencialista. A forma monárquica de governo foi posta de lado. Não só isso, estava previsto no decreto de convocação do plebiscito que cada corrente tivesse um espaço gratuito [de propaganda] na televisão. Entretanto, meus irmãos e eu não pudemos aproveitar desse espaço.
Folha Online - Por que?
Dom Luiz - Por causa de manobras etc. e a coisa foi... Nós impetramos um mandado de segurança no Supremo Tribunal Federal e aquilo foi protelado para depois do plebiscito.
Folha Online - Mas teve propaganda dos monarquistas na TV...Dom Luiz - Sim, teve, mas por correntes que não eram inteiramente de acordo com as nossas idéias e ideais. E foi muito fraca. O fato de o herdeiro do trono e seu sucessor imediato não poderem aparecer foi realmente uma arbitrariedade colossal.
Folha Online - Foi o dom Gastão que apareceu na propaganda?
Dom Luiz - Não, foi um sobrinho dele. Eu não pude aparecer, mesmo sendo chefe da Casa Imperial do Brasil.
Folha Online - Mas se o senhor era o chefe da Casa e herdeiro dinástico por que não pôde defender a monarquia no plebiscito? A família do dom Gastão conseguiu alguma decisão judicial?Dom Luiz - Não, não [teve decisão judicial]. Ele foi favorecido por certas correntes do parlamento, por alguns políticos.
Folha Online - O senhor acredita que isso prejudicou o plebiscito?
Dom Luiz - Enormemente. E depois uma campanha contra a monarquia tremenda. Corria tudo que era boato: que seria restabelecida a escravidão, como se não fosse a monarquia que aboliu a escravidão. Os maiores absurdos e nós não pudemos interceder. Apesar disso, [tivemos] 13% dos votos válidos e uma coisa que não se sabe é que mais de mais 50% dos votos foram nulos ou em branco. De onde vem isso? O povo brasileiro é esperto, intuitivo, inteligente e percebeu que o jogo estava falsificado então se absteve.
Folha Online - Ainda assim o senhor acredita que a monarquia possa voltar?
Dom Luiz - Acho que sim. Não hoje, mas amanhã, a médio-longo prazo, pode voltar. E eu acho que vai voltar. Por causa da insatisfação do povo, porque há --não só no Brasil, mas no mundo inteiro-- uma tendência a voltar às antigas tradições aos antigos modos de ser uma moralidade mais severa. Uma corrente muito forte tanto no Brasil como no exterior. E essa corrente no Brasil pode ser determinante num certo momento. Poderia ser um novo plebiscito, depende muito das circunstâncias. Uma coisa que nós não queremos é um golpe de Estado porque um golpe de Estado sujeita o soberano à facção que o pôs no poder e ele perde sua independência e o carisma próprio da monarquia.
Folha Online - O senhor alguma vez foi consultado pelos governos brasileiros?
Dom Luiz - Não. Normalmente os governos republicanos são ultradiscriminatórios. Eles nunca consultam as casas reais ou imperiais.
Folha Online - Também existe preconceito de achar que as casas imperiais são retrógradas?
Dom Luiz - Pode ser isso também. Mas existe o medo que a opinião pública perceba que há algo diferente no país.
Folha Online - E como ficou a disputa pela herança dinástica com a família de dom Gastão?
Dom Luiz - Praticamente não existe mais dúvida. No Brasil inteiro eu sou reconhecido como chefe da Casa e herdeiro dinástico. Esse é um problema que eu preferia não entrar nele porque são problemas familiares. Hoje em dia está completamente resolvido. Não há dúvida nenhuma em lugar nenhum.

Instrumento de Renúncia

Eu o Principe Dom Pedro de Alcantara Luiz Philippe Maria Gastão Miguel Gabriel Raphael Gonzaga de Orleans e Bragança, tendo maduramente reflectido, resolvi renunciar ao direito que pela Constituição do Imperio do Brazil promulgada a 25 de Março de 1824 me compete à Corôa do mesmo Paiz. Declaro pois que por minha muito livre e espontanea vontade d’elle desisto pela presente e renuncio, não só por mim, como por todos e cada um dos meus descendentes, a todo e qualquer direito que a dita Constituição nos confere á Corôa e Throno Brazileiros, o qual passará ás linhas que se seguirem á minha conforme a ordem de successão estabelecida pelo Art. 117. Perante Deus prometto por mim e meus descendentes manter a presente declaração.
Cannes 30 de Outubro de 1908
assinado: Pedro de Alcantara de Orleans e Bragança
Nota:
a) Esse ato de renúncia foi emitido em três vias e assinado na presença da Princesa Da. Isabel de Orléans e Bragança, de jureImperatriz do Brasil, e membros da Família Imperial.

b) Em 9 de novembro de 1908, a Princesa Isabel enviou uma das três vias ao Diretório Monárquico do Brasil, no Rio de Janeiro.

segunda-feira, 26 de julho de 2010

Sob a regência de José Maria Florêncio, grupo da câmara da Polônia se apresenta no auditório do Masp


O concerto conta com solo da soprano brasileira Grabiella Pace, na Bachiana nº5, de Villa-Lobos
O Museu de Arte de São Paulo recebe, em 27 de julho, a Capella Bydgostiensis, grupo de câmara da Polônia. Uma parceria Art Invest Marketing Cultural e Museu de Arte de São Paulo, o projeto “Música no MASP Internacional” é apresentado pelo BIC Banco e tem o patrocínio da Lexmark. Além de Villa-Lobos, o grupo comandado pelo maestro brasileiro radicado na Polônia, José Maria Florêncio, traz obras de Elgar, Puccini, Vivaldi e Karlowicz.
A Capella Bydgostiensis tem se apresentado nas mais importantes salas de toda a Europa, como Palácio Real de Varsóvia e Filharmonia Narodowa (Varsóvia - Polônia), Conservatório P. Czajkowskiego (Moscou–Rússia), Schauspielhaus (Berlin – Alemanha), Schloss Mirabell (Salzburgo – Aústria), Placio Real (Estocolmo- Suécia), El Escorial (Espanha) e Salão da Radio Holandesa (Utrecht-Holanda), entre outras.
Famosos maestros já comandaram o grupo, dentre eles: Stanislaw Galonski, Wlodzimierz Szymanski, Karol Teutsch, Daniel Stabrawa e Miroslaw Jacek Blaszczyk. Quanto à discografia, o grupo possui inúmeras gravações para selos da Polônia, Holanda, Espanha e para programas de rádios e TVs europeias.
Durante o concerto, na execução da Bachiana nº5, de Villa-Lobos, a orquestra conta com solo da soprano brasileira Gabriella Pacce.
Sobre o regente - Nascido em Fortaleza, Ceará, o maestro José Maria Florêncio é naturalizado e radicado na Polônia, onde desenvolve vasta carreira internacional. Atualmente, além de diretor musical e maestro da Orquestra Capella Bydgostiensis, é diretor artístico e musical da Ópera Báltica de Gdansk, e mantém também em seu calendário convites para se apresentar a frente de orquestras da Alemanha, Turquia, Rússia, Chile, México e Itália. Florêncio iniciou sua educação musical em sua cidade natal, no centro de formação de instrumentistas de cordas do SESI, sob a orientação de Alberto Jaffé. Ainda em Fortaleza, também participou de seu primeiro curso de regência com o professor e maestro H.J.Koellreuter. Atuou como músico da Orquestra Sinfônica de Minas Gerais, estudou regência na Universidade Federal de Minas Gerais e participou de cursos na Juilliard School e na Academia de Música de Viena. Na década de 1980, foi agraciado com uma bolsa de estudos do governo da Polônia para estudar com o maestro Henryk Czyz, na famosa Academia de Música Frederyk Chopin, em Varsóvia. Na mesma época, Florêncio recebeu o convite para reger a conceituada Orquestra Filarmônica Artur Rubinstein. A partir daí, iniciou uma regendo concertos sinfônicos e camerísticos, além de espetáculos de ópera e balé, além de gravações em toda a Polônia, Europa, Américas e Ásia. Em sua vasta e bem-sucedida carreira, exerceu os seguintes cargos: maestro titular do Grande Teatro da Ópera de Lódz; diretor musical da Ópera Estatal de Wrocla; diretor e maestro titular da Orquestra Sinfônica e Coro da Radio e TV de Cracóvia; maestro titular do Grande Teatro da Ópera de Varsóvia; diretor musical do Grande Teatro da Ópera de Poznan; diretor e maestro titular da Orquestra Sinfônica da Filarmônica de Poznan; diretor musical e maestro titular da Orquestra Sinfônica do Theatro Municipal de São Paulo.
O MASP e a Série - O revolucionário Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand foi fundado em 1947. Hoje, sua coleção é a mais importante do hemisfério sul. O prédio, projetado pela arquiteta modernista italiana Lina Bo Bardi, abriga pinacoteca, biblioteca, fototeca, filmoteca, videoteca e dois auditórios. No segundo semestre de 2007, a Art Invest Marketing Cultural iniciou uma parceria com o MASP, onde produziu dois concertos internacionais. As apresentações originaram a série que este ano conta com oito concertos. As atrações seguintes são: Budapest Chamber Symphony - Hungria (17 de agosto), New Orleans Jazz Orchestra - EUA (21 de setembro); Academia Chamber Orchestra – Ucrânia (13 de outubro); e Mahler Chamber Orchestra – Alemanha (16 de novembro). Realizados no Grande Auditório, os concertos têm comentários do violista Marcelo Jaffé e do jornalista Irineu Franco Perpetuo, além de coquetel comandado pelo chef Rosny Gerdes Filho.
Sobre o BIC Banco - Fundado em 1938, o BIC Banco tem foco na concessão de crédito corporativo para o segmento de middle market, dispondo de 36 pontos de atendimento em 28 cidades do País, além de uma agência em Grand Cayman, suas ações estão listadas no nível I de Governança Corporativa da Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa). Atualmente, é o 5º maior banco de capital nacional privado, o 9º banco privado entre capital nacional e estrangeiro e o 14º maior banco por operações de crédito no ranking publicado pelo Bacen. O BIC Banco patrocina o projeto Música no MASP Internacional por considerar que projetos como este fomentam a democratização do desenvolvimento cultural e intelectual no País.
Sobre a Lexmark - A Lexmark International, Inc. (NYSE: LXK) oferece a empresas e consumidores em mais de 150 países uma ampla gama de produtos de impressão e imagem, soluções e serviços para auxiliá-los a serem mais produtivos. Em 2008, Lexmark apresentou uma receita de US$ 4,5 bilhões. Saiba como a Lexmark pode ajudá-lo a produzir mais em: www.lexmark.com.
Antonio Vivaldi
Concerto Alla Rustica
Heitor Villa-Lobos
Bachianas nº 5
solista: Gabriella Pace soprano
Bachianas nº 9
Edward William Elgar
Serenata op.20
Giacomo Puccini
I Crisantemi
Mieczyslaw Karlowicz
Serenata
Serviço:
"Música no MASP Internacional”
“Capella Bydgostiensis”
Data e horário: Dia 27 de julho, terça-feira, às 21h
Local: MASP - Grande Auditório - Avenida Paulista, 1578.
Capacidade: 374 lugares
Preço: R$ 60, (Inteira - Coquetel, a partir das 20h)
Informações e reservas: 11 3266-3645/ 3253-9932
Classificação etária: Livre para todos os públicos


domingo, 25 de julho de 2010


Dia 23 de julho é o  Dia do Guarda Rodoviário. A profissão foi criada em 1928, no governo de Washington Luís, para fiscalizar a então recém inaugurada Via Anchieta.




No dia 23 de julho de 1840, acontece o Golpe da Maioridade e Dom Pedro II torna-se imperador do Brasil aos 14 anos de idade.

sábado, 24 de julho de 2010

E a bandeira na lua?


A cada ano que se distancia do primeiro pouso lunar, mais polêmicas surgem sobre a ida do homem à Lua. Apesar de quase 400 kg de amostras de poeiras e rochas lunares das seis missões tripuladas, de invenções e adaptações de tecnologias para esse intento, que levou quase uma década com os projetos Mercury, Gemini e o programa Apollo, comida desidratada, monitoramento médico à distância, tintas especiais, mantas térmicas, baterias, microcomputador, ainda surgem discussões com “provas” de que o homem não foi à Lua por sua incapacidade. Falta de conhecimento básico de física, química e biologia estudada nas escolas? Há provas da ida do homem à Lua? Quem se interessa pelo assunto, basta pesquisar em sites sérios e buscar fontes fidedignas. Mas há quem, para acreditar, precisa ver o jipinho na Lua, as naves e até mesmo uma das bandeiras ali deixadas.
Uma das perguntas que superam a todas quando apontamos o telescópio para a Lua nas visitas ao Observatório, refere-se à bandeira deixada pelos astronautas americanos das missões Apollo. Seis missões tiveram sucesso com pouso garantido na superfície lunar. A primeira delas, em julho de 1969 e a última, encerrada em 19 de dezembro de 1972. No dia 20 de julho de 1969 às 17h 17min pousava na Lua um artefato humano com dois tripulantes. Seis horas e 39 minutos depois, pisava na superfície lunar Neil Armstrong e, mais 29 minutos, Edwin Aldrin.
Quanto à bandeira? Não dá para ver por telescópio comum. Nenhuma das bandeiras (que tinham pouco mais de 1 metro, ou 125 cm), ou os trens de pouso das naves que lá ficaram (de 4,3 metros de largura), muito menos os Lunar Rover, de 3,1 metros (jipes lunares deixados pelas Apollo 15, 16 e 17) podem ser vistos aqui da Terra com telescópios comuns. Seria necessário um telescópio de 200 metros de diâmetro só para ver a bandeira, que seria um pequeno risco, por ser vista de cima. Recentemente algumas missões do satélite Lunar Reconnaissance Orbiter da NASA (ou LRO) e até o Telescópio Espacial Hubble fizeram algumas fotos das regiões onde pousaram as Apollo. Para isso utilizaram outras tecnologias, como as câmeras ultravioleta do Hubble. Na foto aqui reproduzida, a cratera Little West tem 33 metros de diâmetro. Dá para ver o trem de pouso do módulo lunar como um pequeno objeto... Imagine a bandeira! Sobre as fotos dos locais de pouso das Apollo você pode ver mais em:
http://www.nasa.gov/mission_pages/apollo/revisited/index.html. Há uma foto excelente do local de pouso da Apollo 17 feita pelo Hubble mostrando até o Rover.
A bandeira tinha uma barra horizontal telescópica para deixá-la estendida, e na base do módulo da Apollo 11 havia uma placa com a frase "Aqui homens do planeta Terra pisaram pela primeira vez na Lua, julho de 1969, AD. Viemos em paz por toda a humanidade". Mais detalhes sobre a bandeira você encontrará em: http://www.jsc.nasa.gov/history/flag/flag.htm. Pode-se também fazer um passeio virtual na superfície lunar com o Google Earth.
Sobre toda a engenharia envolvida no processo de ida do homem à Lua, não foi da noite para o dia que se resolveu todas as dificuldades e adaptações tecnológicas, que ainda hoje são usadas na medicina, na engenharia e no nosso cotidiano. A ida à Lua faz parte de um longo processo histórico que envolveu a ciência e a tecnologia (e nesse caso a disputa entre dois países na época da guerra fria), são os passos naturais de nossa civilização.
E não para por aqui. Esses passos continuam com a evolução de novas agências espaciais, como a européia, a japonesa, a chinesa, a indiana e a brasileira. É uma questão de tempo (e orçamento) o homem voltar à Lua, há projetos para uma ou duas décadas. Vamos acompanhar com a paciência que a história da humanidade exige.
Prof. Heliomárzio R. Moreira
Astrônomo Amador da
Sociedade Brasileira dos Amigos da Astronomia (SBAA), do
Clube de Astronomia de Fortaleza (CASF) e
Coordenador do Observatório Astronômico do Colégio 7 de Setembro.
POSTADO POR (CASF)CLUBE DE ASTRONOMIA DE FORTALEZA

quinta-feira, 22 de julho de 2010

Nunca subestime a capacidade administrativa de uma mulher !!!

Capacidade administrativa de uma mulher
Uma mulher andava na beira de um rio quando viu um sapo preso em uns
galhos pedindo socorro.
Quando ela chegou perto, ele disse:
- Me salva que eu realizo 03 desejos, mas tudo que eu der a você, seu
marido ganhará 10 vezes mais.
Ela pensou um pouco, mas topou!
1º Desejo
Mulher : Quero ser mUUUito, mas mUUUito rica.
Sapo : Ok, mas lembre-se que seu marido será 10 vezes mais rico.
Mulher: Não tem importância, tudo que é meu é dele, e tudo que é dele é meu
.. E ela se tornou muito rica.


2º Desejo:
Mulher : Quero ser muUUUUito, mas muuuuito bonita.
Sapo : Ok, mas a mulherada vai cair em cima do seu marido porque ele
vai ser 10 vezes mais bonito que você
Mulher : Não tem problema. E ela se tornou rica e maravilhooooosa. Ele também.


Enfim, o 3º desejo :
Mulher : Quero ter um enfartezinho bem pequenininho. .. só um susto!...
Sapo : (mudo)
Nunca subestime a capacidade administrativa de uma mulher !!!
by Bete

sábado, 17 de julho de 2010

sábado, 10 de julho de 2010

Alguém já pensou nisso...

                                                                       Trava de ziper

terça-feira, 6 de julho de 2010

sábado, 3 de julho de 2010


Relações entre as estrelas e os estados da Federação



Acre Gama da Hidra Fêmea


Amapá Beta do Cão Maior


Amazonas Procyon (Alfa do Cão Menor)


Pará Spica (Alfa da Virgem)


Maranhão Beta do Escorpião


Piauí Antares (Alfa do Escorpião)


Ceará Epsilon do Escorpião


Rio Grande do Norte Lambda do Escorpião


Paraíba Capa do Escorpião


Pernambuco Mu do Escorpião


Alagoas Teta do Escorpião


Sergipe Iotá do Escorpião


Bahia Gama do Cruzeiro do Sul


Espírito Santo Epsilon do Cruzeiro do Sul


Rio de Janeiro Beta do Cruzeiro do Sul


São Paulo Alfa do Cruzeiro do Sul


Paraná Gama do Triângulo Austral


Santa Catarina Beta do Triângulo Austral


Rio Grande do Sul Alfa do Triângulo Austral


Minas Gerais Delta do Cruzeiro do Sul


Goiás Canopus (Alfa de Argus)


Mato Grosso Sirius (Alfa do Cão Maior)


Mato Grosso do Sul Alfard (Alfa da Hidra Fêmea)


Rondônia Gama do Cão Maior


Roraima Delta do Cão Maior


Tocantins Epsilon do Cão Maior


Brasília (DF) Sigma do Oitante

terça-feira, 29 de junho de 2010

"Tudo se pode vencer ; o que é preciso é ser constante.."
Machado de Assis

domingo, 30 de maio de 2010

Delegação brasileira já partiu rumo à África

Delegação brasileira já partiu rumo à África. Ontem, porém, a equipe deu uma passadinha em Brasília.

domingo, 25 de abril de 2010

Juvenal

"Juvenal estava desempregado vários meses. Com a resistência que os brasileiros tem, o Juvenal foi tentar mais um emprego em mais uma entrevista. Ao chegar no escritório, o entrevistador lhe perguntou:

- Qual foi seu último salário?

- Salário minimo, respondeu Juvenal.

-Pois se o Sr. for contratado ganhará 10 mil dolares por mês!

- Jura?

- Que carro o Sr. tem?

- Na verdade, agora eu só tenho um carrinho pra vender pipoca na rua e um carrinho de mão!

-Pois se o senhor trabalhar conosco ganhará um Audi para você e uma BMW para sua esposa! Tudo zero!

- Jura?

- O senhor viaja muito para o exterior?
 O mais longe que fui foi pra Belo Horizonte, visitar uns parentes...
- Pois se o senhor trabalhar aqui, irá viajar pelo menos 10 vezes

por ano,para Londres, Paris, Roma, Mônaco, Nova Iorque, etc.

- Jura?

- E lhe digo mais... O emprego é quase seu. Só não lhe confirmo

agora porque tenho que falar com meu gerente. Mas é praticamente garantido. Se até amanhã (sexta-feira) a meia-noite o senhor não receber um telegrama nosso cancelando, pode vir trabalhar na segunda-feira.

Juvenal saiu do escritório radiante. Agora era só esperar até

a meia-noite da sexta-feira e rezar para que não aparecesse

nenhum maldito telegrama.

Sexta-feira mais feliz não poderia haver. E Juvenal reuniu a

família e contou as boas novas. Convocou o bairro todo para uma churrascada comemorativa a base de muita música.

Sexta de tarde já tinha um barril de chopp aberto. As 9 horas da noite a festa fervia.

A banda tocava, o povo dançava, a bebida rolava solta. Dez horas, e a mulher de Juvenal aflita, achava tudo um exagero.

A vizinha gostosa, interesseira, se jogava pra perto do Juvenal. E a banda tocava!

E o chopp gelado rolava!

O povo dançava!

Onze horas, Juvenal era o rei do bairro.
Gastaria horrores para o bairro encher a pança. Tudo por conta do primeirosalário. E a mulher resignada, meio aflita, meio alegre, meio boba,meio assustada.
Onze horas e cinquenta e cinco minutos........

Vira na esquina buzinando feito louco uma motoca amarela...

Era do Correio!

A festa parou!

A banda se calou!

A tuba engasgou!

Um bêbado arrotou!

Uma velha peidou!

Um cachorro uivou!

Meu Deus, e agora? Quem pagaria a conta da festa?

- Coitado do Juvenal! Era a frase mais ouvida.

Jogaram água na churrasqueira!

O chopp esquentou!

A mulher do Juvenal desmaiou!

A motoca parou!

- Senhor Juvenal Batista Romano Barbieri?

- Si, si, sim, so, so, sou eu...

A multidão não resistiu...

- OOOOOHHHHHHHHHHH!!!!!!!!!!!

- Telegrama para o senhor...

Juvenal não acreditava...

Pegou o telegrama, com os olhos cheios d'água,ergueu a cabeça e olhou para todos.

Silêncio total.

Respirou fundo e abriu o telegrama.

Uma lágrima rolou, molhando o telegrama...

Olhou de novo para o povo e a consternação era geral.

Tirou o telegrama do envelope, abriu e começou a ler.

O povo em silêncio aguardava a notícia e se perguntava.

- E agora? Quem vai pagar essa festa toda?

Juvenal recomeçou a ler, levantou os olhos e olhou mais uma vez para o povo que o encarava...

Então, Juvenal abriu um largo sorriso, deu um berro triunfal e

começou a gritar eufórico .

- MAMÃE MORREEEEUUU! MAMÃE MORREEEEUUU!!!!!!!"

segunda-feira, 12 de abril de 2010

"Quando os que comandam perdem a vergonha, os que obedecem perdem o respeito."

Jean François Paul Gondi, cardeal De Retz - 1614/79

Vestindo a máscara do porco

Vestindo a máscara do porco
"Os chineses têm um ditado : "vestir a máscara do porco para matar o tigre". É uma referência a uma antiga técnica de caça em que o caçador se cobre com a pele e o focinho de um porco, e sai grunhindo. O poderoso tigre pensa que um porco vem chegando, deixa-o se aproximar, saboreando a perspectiva de uma refeição fácil. Mas é o caçador quem ri por último. Mascarar-se de porco funciona muito bem com quem, como os tigres, é muito arrogante e seguro de si. Quanto mais eles acham que é fácil apanhar você, mais facilmente você vira a mesa. Este truque também é útil se você for ambicioso, mas ocupa uma posição inferior na hierarquia - aparentar ser menos inteligente do que é, até meio tolo, é o disfarce perfeito" (Robert Greene).

domingo, 7 de março de 2010

Rolls-Royce

Rolls-Royce


Rolls-Royce, o carro mais cobiçado do mundo, surgiu da união entre o mecânico Henry Royce e o aristocrata Charles Stewart Roll, vendedor de automóveis. Henry projetou um carro revolucionário e convenceu Charles a conhecê-lo. Era maio de 1904. Na oficina de Henry, Charles não gostou do motor de 2 cilindros até perceber que o carro era silencioso. Depois de um passeio, Charles fez a proposta: criaram a Rolls-Royce, assegurando o direito de exclusividade na venda de toda a produção. A parceria durou 6 anos. Charles morreu num acidente de avião em 1910. Depois da morte de Henry, em 1933, a plaqueta com as letras RR que identifica a marca passou a ter fundo preto, em vez do vermelho original. A estatueta A Dama Voadora, que fica na frente do carro, foi criada em 1910 pelo escultor inglês Charles Sykes.( by Jayme)

Rolex

Rolex


Em 1905, depois de estágios em relojoarias da Suíça, o alemão Hans Wilsdorf fundou com seu cunhado a Wilsdorf & Davis. Sediada em Londres, a empresa montava e distribuía relógios com mecanismos suíços. Menos de um ano depois, a Wilsdorf & Davis passou a produzir relógios de pulso. Em 1908, Wilsdorf baptizou os seus relógios de Rolex, nome facilmente pronunciável em todas as línguas europeias. Somente em 1925, depois de uma grande campanha publicitária, ele lançou a "coroinha", logotipo do Rolex. O Rolex Datejust, de 1945, foi o primeiro relógio de pulso a exibir datas no mostrador.(by Jayme)

Relógios Swatch

Relógios Swatch


Os engenheiros Elmar Mock e Jacques Muller procuraram Ernst Thomke, director-gerente da companhia de relógios ETA, na Suíça, para apresentar o primeiro protótipo de um relógio de plástico. Era 1 de julho de 1980. Naquela época, a indústria de relógios suíça atravessava uma séria crise por causa dos fabricantes asiáticos, que ofereciam relógios a preços baixos. Em 1 de março de 1983, o Swatch (abreviatura de Swiss watch, relógio suíço) foi lançado. Era um relógio de alta precisão e qualidade, à prova de água e choque, por um preço bastante acessível. (by Jayme)

Playboy

Playboy


Em 1953, aos 27 anos, o americano Hugh Hefner era diretor de circulação da revista Children's Activities. Ele acreditava que havia mercado para uma revista de jovens adultos, mas as publicações masculinas eram sobre caçadas, armas, carros, etc., e ignoravam os assunto que mais preocupava os homens: mulheres. Por 500 dólares, comprou os direitos de fotos que Marilyn Monroe tirou para um calendário no início de carreira, emprestou dinheiro com amigos e parentes e criou uma revista. O nome seria Stag Party (em português, farra) e o símbolo, um veado a fumar e à espera de uma companhia feminina. Na véspera do lançamento, porém, Hefner descobriu que havia uma publicação com esse nome. Pensou em vários outros - Top Hat, Bachelor, Gentlemen - até que um amigo sugeriu Playboy, nome de uma fábrica de carros falida. E Hefner encomendou ao desenhista Arthur Paul uma nova mascote. O coelho foi adoptado e hoje é uma marca mundialmente conhecida. Em outubro de 1953, dos 69.500 exemplares do primeiro número, 54.175 foram vendidos. (by Jayme)